O chamado comitê de agilidade é um grupo multidisciplinar de pessoas que terá a missão de ajudar na transformação ágil da empresa e na fixação dos conceitos de agilidade em todo a organização.
No artigo de hoje, vamos falar um pouco sobre porque criar esse comitê de agilidade, como deve ser formado e qual sua importância para a transformação ágil da empresa.
Então se você se interessou pelo tema e mais ainda gostaria de entender por que e como criar um comitê de agilidade, você está no lugar certo!
Esperamos que você aproveite a leitura e consiga refletir sobre a criação e a importância do comitê de agilidade.
Vamos lá, continue com a gente!
A Transformação Ágil
Muito se fala em agilidade ou na aplicação dos conceitos de agilidade. Parece as vezes, soar como um toque de mágica, a empresa recebe conhecimentos e no dia seguinte passa a ser ágil em seus processos e nos comportamentos das pessoas.
Que bom que seria se fosse assim, não é mesmo? Mas infelizmente ou felizmente não funciona dessa forma e a empresa necessita de fato passar por uma transformação.
Assim chamamos essa transformação de Transformação Ágil, onde os processos são revistos e ajustados e as pessoas entendem o valor de sua entregas e buscam fazer diferente, realizando suas atividades de forma ágil, com foco na geração de valor para seus clientes.
Ninguém ou nenhuma empresa passa por uma verdadeira jornada de transformação se não estiver disposto a rever conceitos que até então estavam em seu status quo, para assumir uma nova condição, que muitas vezes provocam mudanças bem desconfortáveis.
Por que ter um comitê?
Ao iniciarmos com a proposta de transformação, onde a empresa é apresentada à toda sua jornada, precisamos inicialmente garantir a aderência desse processo à cultura da empresa.
Para isso, precisamos que as mais diversas áreas possíveis estejam representadas, onde sua cultura e seus processos atuais são considerados.
Atenção aqui para o primeiro erro que as consultorias tradicionais, que acreditarem no módulo pronto ou o by de book, tentam implantar algo que pode fugir da realidade da empresa, e isso faz com que as equipes que não se sintam representadas na nova proposta.
Dessa forma, esse grupo multidisciplinar formará um comitê ou comissão de agilidade, cujo a responsabilidade descrevemos a seguir.
Os Guardiões do Processo
O Comitê de Agilidade tem como principal objetivo ser o guardião do processo desenvolvido. A partir da visão de cada participante com sua realidade específica, serão criados os novos processos.
E para que esses processos sejam de fatos seguidos, precisamos de pessoas que estejam atentas à isso. Assim, essas pessoas serão disseminadoras da cultura de agilidade por todas as esferas hierárquicas da empresa.
São as principais atribuições do comitê de agilidade:
- Ser o guardião da agilidade;
- Apoiar estratégia organizacional;
- Prover governança metodológica;
- Prover governança tecnológica;
- Fomentar novas práticas;
- Prover aconselhamento.
Governança Metodológica e Tecnológica
Ao entender que esse grupo será nosso guardião do que for construído, precisamos garantir a aderência dessa transformação ágil à Estratégia Organizacional da empresa.
A visão não será de grupos de pessoas com seus processos e projetos, mas de uma unidade organizacional com o objetivo de construir uma nova condição em que a empresa entregará de forma cada vez mais ágil e eficiente seus projetos.
Esses projetos devem estar conectados ao portfólio que por vez, tem o objetivo de realizar a estratégia organizacional, através de suas entregas.
Para que o comitê consiga a transformação deverá prover a Governança Metodológica, que será o resultado das regras e parâmetros dos processos necessários que compõe o jeito de fazer ou método da empresa de gerir projetos e processos com agilidade.
Para suportar essa governança metodológica, o comitê também deverá prover a Governança Tecnológica, que consiste em entregar uma infraestrutura de tecnologia capaz de suportar os registros e acompanhamento de todas as atividades dos projetos.
Em equipes distribuídas ou em momentos em que trabalhamos de forma híbrida (no escritório e no home office) é fortemente recomendável que seja uma tecnologia em nuvem, onde os participantes possam acessar seus projetos de qualquer local com acesso à internet.
Novas Práticas do comitê de agilidade
Todo novo processo causa um impacto na organização, sobretudo nas pessoas que executam esses processos. Desta forma, é preciso um cuidado especial realizando a gestão dessas mudanças.
As equipes irão aderir às Novas Práticas somente quando se sentirem representadas e conseguirem entender quais os benefícios que poderão colher com os novos processos.
Naturalmente as equipes criam um sistema de imunidade à mudança, por se sentirem desconfortáveis durante esse processo e para facilitar essa transição, o comitê deve estar bastante atento aos medos e preocupações das pessoas, juntamente com os anseios de melhorias.
Essas novas práticas, devem conduzir à organização a transformação ágil através de compromissos firmados com as pessoas, sendo conduzido pelo comitê de agilidade.
Práticas essas que devem estar alinhadas com o que existe de melhor no mercado, utilizando frameworks e conceitos experimentados e customizados para a organização.
O Comitê como referência para os times de projeto
O grupo de pessoas que formam o comitê anda à frente dos demais times no processo de condução da transformação ágil. Buscam formação e se preparam para passar por toda a jornada e para Prover Aconselhamento para todas as pessoas e times que usarão os novos processos.
O comitê deve estar preparado para tirar todas as dúvidas da metodologia, das ferramentas utilizadas e apontar possíveis soluções de gestão para os projetos.
Geralmente esse comitê ficará encarregado de liderar um projeto de implantação de um EGP – Escritório de Gerenciamento de Projetos, além de apoiar todos os demais.
A participação do Comitê de Agilidade pode implantar todo o projeto de transformação ágil e se manter como grupo de apoio após a realização das entregas.
Esse comitê poderá ser substituído pela figura institucional do Escritório de Projetos, com sua respectiva estrutura capaz de atender à todas as atribuições do comitê.
Dessa forma, entendemos como peça-chave a instituição comitê de agilidade no processo de transformação ágil das organizações, aumentando consideravelmente as chances de sucesso durante toda a jornada.
Esperamos que o nosso conteúdo tenha sido foi útil para você neste momento, então não deixe de compartilhá-lo para que mais pessoas também tenham acesso e possam entender um pouco mais sobre o porque devemos criar um comitê de agilidade.
Por enquanto ficamos por aqui, um abraço e até a próxima!
Marsal Melo