Líder
Uma das definições para líder, de acordo com o dicionário é: “pessoa cujas ações e palavras exercem influência sobre o pensamento e comportamento de outras”.
A palavra influência pode ser entendida como um exemplo, pois o fato de influenciar alguém nos leva a entender que estamos querendo que outras pessoas façam o mesmo ou algo parecido com o que estamos fazendo.
Liderança geralmente não é um posto, mas algo que a pessoa desenvolve e que pode fazer toda diferença ao conduzir um time ou a si mesmo.
O objetivo deste artigo não é o de desenvolver liderança ou mesmo se posicionar como exemplo para ser seguido, mas sim dar uma visão da importância de desenvolver uma mentalidade de liderança multiplicadora em todas as pessoas dentro ou fora do ambiente corporativo.
Técnico ou gerente
Algumas armadilhas que as empresas acabam caindo é de dar um cargo de gerência baseado no fato da pessoa ser excelente na parte técnica. Neste caso um enorme risco é o de perder a boa pessoa técnica e ganhar um gerente que não se encaixa na função delegada.
Ser uma pessoa excepcional na parte técnica não há problema algum, uma vez que em todos os segmentos alguns profissionais se destacam por serem especialista em determinado assunto.
O fato de ser um bom técnico não garante necessariamente que a pessoa será uma boa gestora. Tomar decisões de gestão é um universo diferente de se decidir por algo técnico.
Ao citarmos cargos nesta parte do artigo estamos nos referindo a postos de trabalhos que são ocupados por pessoas, não fazendo citação à liderança, que será tratado a seguir.
Liderança interna
É comum ouvirmos que para sermos líderes de pessoas precisamos primeiro sermos líder de nós mesmos. Mas como liderar a si próprio?
Liderar a si mesmo envolve tomar decisões simples como iniciar e manter uma dieta alimentar, correr uma maratona, escrever um livro ou qualquer outro desafio que a pessoa se proponha a fazer. Neste caso estamos falando de projetos de autotransformação.
Livros como “Desperte o gigante interior”, “Praticando o poder do agora”, “Você é foda”, entre tantos outros nos levam a desenvolver essa autotransformação, buscando despertar o espírito de liderança que existe em cada um de nós.
Mas uma pergunta simples, mas de extrema importância que precisa ser respondida é: estamos prontos para essa transformação? Reflita!
Pessoas e organizações
Algumas dezenas de milhares de pessoas passam a maior parte da vida envolvidas dentro das organizações, sendo orientadas a acompanharem as mudanças que acontecem a todo momento. Mudanças sempre acontecem e vão continuar a acontecer. A pergunta é: como lidar com essa constante mudança e manter uma saúde física e mental?
Dada a urgência de cumprir prazos, realizar entregas em ritmos cada vez mais rápidos, pode levar as pessoas a entrarem no modo automático, o que não será sustentável por muito tempo.
As pessoas podem ser treinadas para serem líderes, mas retomando o raciocínio de outro artigo neste canal, o treinamento é uma ação de curto prazo, precisando de um tratamento constante para que o efeito seja exponencialmente mais positivo e duradouro.
As organizações possuem um papel relevante na construção de novas lideranças, pois os resultados precisam ser obtidos, isso é o que sustenta o negócio, mas os resultados necessitam de pessoas engajadas e motivadas para que o sucesso seja alcançado.
É preciso entender onde e como fomentar essa liderança, para não correr o risco de perder pessoas encorajando-as a ocuparem um cargo de gerência quando o que elas fazem bem é a parte técnica.
Um triatleta geralmente corre, nada e pedala sua bicicleta em um campeonato ou treinamento. O fato da pessoa realizar essas três modalidades não pode ser entendido como: todo mundo que nada bem irá pedalar bem e correr bem, assim como quem corre bem, obrigatoriamente irá nadar e pedalar bem. O mesmo se aplica ao ambiente corporativo. Às vezes é preciso melhorar apenas uma habilidade e fazer com que a pessoa seja excelente naquilo que faz e não querer que seja boa em todas as funções que a empresa necessita.
Liderança multiplicadora
O fato de exercer uma função técnica não impede uma pessoa de ser líder. Neste artigo não tratamos a liderança como um cargo, mas sim com ações que as pessoas exercem sobre elas mesmas e sobre outras pessoas.
Desenvolver lideranças multiplicadoras pode estar vinculado ao simples fato de ouvir as pessoas, encorajá-las a tomar decisões ou propor soluções e criar um ambiente em que todos fazem parte e são envolvidos.
Liderança pelo exemplo pode ser uma boa alternativa, pois as ações que fazemos podem servir de exemplo positivo, quando acreditamos em um ideal e nos esforçamos ao máximo para que aquilo aconteça, normalmente gera uma propagação nas pessoas que estão por perto.
Acreditar que as pessoas irão realizar um trabalho sem precisar de uma fiscalização constante não é uma tarefa fácil, mas é necessária, caso o objetivo seja o de criar novas lideranças.
Liderar não está ligado ao fato de fiscalizar as pessoas, dando ordens e inspecionando para ver se o trabalho será concluído, mas sim o de despertar o sentimento de que as pessoas podem ser capazes de se tornarem líderes de si mesmo e consequentemente de outras pessoas.
Conclusão
Conforme citação no início deste artigo, o objetivo não foi e nem poderia ser o de atuar no lado humano da transformação de lideranças, pois esse trabalho deve ficar a cargo profissionais da área.
A ideia central é a de mostrar a importância em ter pessoas com senso de liderança, mesmo não ocupando um cargo de gestão dentro das organizações ou mesmo em suas vidas pessoais.
Ter ações de liderança pode fazer toda diferença quando precisamos realizar mudanças internas, pessoalmente falando, ou dentro de organizações.
Por outro lado, as organizações precisam desenvolver essas lideranças, uma vez que os resultados são feitos de pessoas, com pessoas e para pessoas.